Ausência

Sinto saudades,
tantas que me ferem o espírito.

Abandonada à própria voz,
minha mente reclama
o carinho fresco de tuas palavras,
perde-se em pensamentos
que põem em chave minha sanidade.

Meu corpo se ressente de ti…
A pele fria onde não pousam teus carinhos…
Em meu ouvido, ressoa agudamente o silêncio a que me condenaste
quando em mim vibravam melodias inteiras.

Nesta ausência que magoa
há qualquer coisa de desamparo,
um egoísmo velado
que se disfarça em compromissos
para passar longe da minha cama
e da minha vida.

Toco a tela vazia por onde não me chegas mais,
desligo o telefone quando não reconheço tua voz,
fecho o trinco para que me surpreenda o som da tua chave.

Aguardo.

Já não sei como trazer-te de volta
à minha vida
sem que eu própria me afaste de ti.

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