Estranho teu silêncio.
Tua voz dialogava
com as imperfeições da minha alma,
meus pensamentos ruminantes
e fracas aspirações
– era uma ponte
para um lugar
que era bom ocupar.
Acariciavas-me,
mais,
quando tocavas o espírito
desgarrado de mim
– desamparar-me o espírito
foi teu gesto pior!
Passo a limpo o que disseste,
procuro sentidos
no que me entristece.
E renovo gestos sutis,
os que fingíamos,
os verdadeiros,
que comungavam
mentes
solidão,
amizade.
Por que me lanças,
desprotegida, ao mundo,
no momento em que meu coração
acostumara-se a apoiar-se no teu?
Sei que assusta
ver-te espelhado
na dor que carrego.
Mas sobreviva ao assombro:
quando paream-se nossas almas,
calorosamente anuncia-se
o fim da nossa solidão.
Lindo e profundo. Adorei!!!
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Q bom te ter por aqui, Marisa!
Particularmente, ainda acho esse poema inacabado, como se ainda lhe faltasse um toque mais perfeito. Mas tenho publicado os textos aqui, ainda q crus, senão vou deixando minha escrita pra trás. Vc bem sabe como é louca nossa rotina…
Beijos, querida.
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