BORBOLETA
Não invejo o avião,
que voa muito acima das nuvens,
quase encostado no céu.
Nem a graça natural
do pássaro invejo,
rasante e sonoro
entre as copas das árvores.
Mas sim a borboleta
que passa
e em toda sua pequenez
voa baixo, muito baixo
para, entre beijos, alimentar-se
de uma flor.
(escrito aos 16 anos)